Por aqui
Por aqui a noite. Luzes em forma de sons me invadem e me sabem, e os sabores são todas aquelas cores que dentro de mim correm. Aqui a noite. É o sonho, coisa que em mim nunca chega a adormecer e que se aconchega nas paredes transparentes e algo difusas da minha alma a anoitecer. Aqui a noite. É o silêncio de uma solidão que me pede para escrever vindo de dentro esta coisa que me chama e que não se apaga mesmo sem se ver.
Aqui a noite. Batem as badaladas dos minutos rompendo por entre ritmos que são muitos. A noite. Sacodem-se os segundos que nos aprisionam ao compromisso do cumprimento a tempo e horas do mundo. A noite. Olha-me nos olhos e diz-me que sou um louco derivando por caminhos entrelaçados que são o pano de fundo que sustenta a busca da felicidade e de um futuro. A noite. Ouve as minhas palavras e os devaneios que sustentam a minha existência, a minha crença, a minha paixão e uma inconformidade que por vezes leva mesmo à loucura sem que se explique a lógica da razão. A noite. Sente o meu coração esticando os braços e sente-o abrindo a boca para dar beijos salgados. Sente este palpitar que é o presente e o sinal de que afinal existimos, e se existimos é para amarmos e para sermos amados, sempre.
Por aqui a noite. Diz-me para viver o dia e para sentir que dentro de mim se respira o agora. Aqui a noite. Vem até mim, forma de estrela que desce a sorrir, mar que desagua na forma de ti.
Por aqui vai o dia.
Aqui a noite. Batem as badaladas dos minutos rompendo por entre ritmos que são muitos. A noite. Sacodem-se os segundos que nos aprisionam ao compromisso do cumprimento a tempo e horas do mundo. A noite. Olha-me nos olhos e diz-me que sou um louco derivando por caminhos entrelaçados que são o pano de fundo que sustenta a busca da felicidade e de um futuro. A noite. Ouve as minhas palavras e os devaneios que sustentam a minha existência, a minha crença, a minha paixão e uma inconformidade que por vezes leva mesmo à loucura sem que se explique a lógica da razão. A noite. Sente o meu coração esticando os braços e sente-o abrindo a boca para dar beijos salgados. Sente este palpitar que é o presente e o sinal de que afinal existimos, e se existimos é para amarmos e para sermos amados, sempre.
Por aqui a noite. Diz-me para viver o dia e para sentir que dentro de mim se respira o agora. Aqui a noite. Vem até mim, forma de estrela que desce a sorrir, mar que desagua na forma de ti.
Por aqui vai o dia.