Sessenta segundos me separam do mundo
do passo que me leva ao teu fruto
caído sob o murmúrio leve e mudo
que nos faz fecundos.
O silencio são sessenta segundos
em que todos os lugares são enrendos
onde se encena uma solidão de caminhos entreabertos
de entre outros meios.
O céu de escadas penduradas sob os ventos
forma o ar de diferentes cores pelos nadas
e no mar incendeiam-se métodos, dizem-se nãos
pelo que o coração diz ter os medos.
Sessenta segundos alongam-se nessa planície de impossível
onde os horizontes tanto nos alcançam, tanto nos escapam
pelos dedos marcados nesses rochedos onde à noite
à noite
as sombras calam.