Depois das reticências, no fim antes delas,
descobre-se que não existe um final
e que os pontos são como velas acesas
iluminando a noite como um sol de estrela
que aquece a alma e percorre a cabeça.

Depois das reticências, no fim antes delas,
saboreia-se incandescente o começo
e as letras que são tantas vezes tristeza
tornam-se o movimento pleno
das nossas imperfeitas certezas.

Depois das reticências ou no fim antes delas,
É saber que existes para além do que são as palavras
e que o silêncio é uma corrente que não se trava
neste sentido que chega quando o abraças
neste olhar suspiro que se toca e que não sossega...